O MOTIVO DE TODO ESSE MAL

O MOTIVO DE TODO ESSE MAL
O MOTIVO DE TODO ESSE MAL

ORAÇÃO DA SERENIDADE

"Deus, conceda-me Serenidade para aceitar as coisas que não posso modificar, Coragem para modificar aquelas que posso e Sabedoria para reconhecer a diferença, Só por Hoje, Funciona."

"EU ME ABRAÇO A VOCÊS E UNO O MEU CORAÇÃO AO SEUS PARA QUE JUNTOS POSSAMOS FAZER TUDO AQUILO QUE SOZINHO NÃO CONSIGO"

segunda-feira, julho 18, 2011

"Vários Depoimentos"


Apagão ao volante


Egberto Nogueira

"A ficha caiu quando sofri um acidente de carro. Estava virada, sem dormir, fazia quatro dias. Peguei o carro para ir comprar crack, mas não andei nem 100 metros e sofri um apagão. Dormi ao volante. Fiquei cinqüenta dias com os dois braços enfaixados e o rosto cheio de feridas por causa dos estilhaços do vidro. Já havia sido internada algumas vezes, mas sempre soube que voltaria à droga. Fazia meus pais pagar minhas dívidas dizendo que, do contrário, seria morta pelos traficantes. Em troca, eu ficava um tempo na clínica de recuperação. De uma delas, fugi pulando o portão. Com o acidente, percebi que tinha de me livrar daquilo. Agora estudo, luto para recuperar a guarda dos meus filhos e quero montar um grupo de apoio só para mulheres dependentes. Elas precisam perder o medo de procurar ajuda."
M., 31 anos, estudante de psicologia de São Paulo, livre do crack desde 2005

O salário virou fumaça

Leo Caldas/Titular

 "Ainda hoje tenho pesadelos nos quais estou fumando crack. Acordo assustado e com raiva de mim mesmo. Não quero passar por aquilo de novo. Na fase pior, gastava todo o meu salário com a droga. Eu, que sempre ganhei tudo do bom e do melhor de meus pais, cheguei a roubar as coisas de casa para fumar crack. Vendi até Tupperware em troca de pedras. Quando meu pai disse que não me queria mais em casa, decidi pedir ajuda. Fiquei mais de um ano numa clínica de recuperação. Nesse tempo, percebi que o meu maior vício não eram as drogas, e sim pensar só em mim. Para me livrar do crack, tive de virar outra pessoa. Hoje, penso que o meu crescimento pessoal só é relevante se eu ajudar os outros a crescer. Consegui, assim, voltar para a casa dos meus pais, para o meu trabalho e estou namorando firme. Aos poucos, reponho os aparelhos eletrônicos que tirei de casa."
Fabio Bakun Nóbrega de Albuquerque, representante comercial do Recife, 29 anos, em abstinência desde 2006

Choro e desespero

Egberto Nogueira

"O conjunto de som e DVD do meu carro valia 7 000 reais. Um dia, troquei-o por 300 reais de crack. Como minha família é de classe média alta, não precisei fazer dívidas quando me enterrei nessa droga, mas roubei CDs, filmadora, todos os eletrônicos de casa. Quando você está louco de crack, não se importa com nada disso. O que importava era sair correndo para comprar pedra. Até essa época, eu nunca tinha visto meu pai chorar. Uma noite, quando cheguei transtornado em casa, ele me chamou num canto e desabou no choro. Perguntava: ‘O que eu preciso fazer pra você parar com isso?’. Foi ali que decidi parar de usar crack. Tive de romper com todos os amigos que me levavam à droga e passei quase um ano inteiro indo à faculdade e voltando para casa sem olhar para os lados. Hoje, eu e meu pai, que também é dentista, trabalhamos juntos no mesmo consultório."
C., dentista de São Paulo, 25 anos, livre da droga há três

Sem droga e sem crédito

Egberto Nogueira

"Meu sonho sempre foi trabalhar na empresa do meu pai, uma metalúrgica no interior de São Paulo que ele fundou há quarenta anos. Mas, quando cursava a faculdade de administração, comecei a cheirar muita cocaína. Ao conhecer o crack, foi amor à primeira vista. Quando minha família começou a controlar meu dinheiro, evitando que eu comprasse mais cocaína, decidi partir para o crack. No início, tinha medo de ficar como os mendigos que aparecem na televisão. Misturava crack com maconha pensando que assim o cigarro ficaria mais fraco. Um mês depois, já estava na droga pura. Como meu pai tinha crédito na cidade e todos me conheciam, conseguia dinheiro com facilidade. Quando perdi o crédito, me bateu um desespero e aceitei ser internado. Desde então, venho tentando largar a droga, mas com recaídas. A última foi há seis meses. Independentemente de quantos tombos a droga me deu, preciso me levantar e tentar de novo."
Thiago Pires de Camargo, administrador de empresas de Santa Bárbara d’Oeste (SP), 30 anos, longe do crack há seis meses

3 comentários:

  1. Davi, que post maravilhoso, acho que uma das melhores formas de informação e concientização, é através de depoimentos, na minha opinião, informação sobre drogas, hoje em dia se acha com mais facilidade na internet por exemplo e mesmo assim, não surti efeito algum, porém, quando lemos um depoimento do que droga faz na real, grava na memória e nos faz refletir.
    Parabéns!

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  2. indentifico com esses depoimentos pois só ajudando que serei ajudado só por hoje.

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  3. ACREDITO NA FORÇA DA CONCIENCIA PARA UM ADICTO,QUANDO LEMBRAMOS DE SITUAÇÕES A QUAIS FOMOS SUBMETIDOS DEVIDO AO USO DAS SUBSTANCIA,AI QUE VEMOS O TANTO O QUANTO PASSAMOS O RIDICULO DE NOSSAS VIDAS QUE É ABENÇOADA POR DEUS E A JOGAMOS FORA COMO UMA COISA QUALQUER.
    SO POR HOJE.

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